O mês de dezembro de 2024 foi marcado por um recorde no volume de chuvas em Itapetininga, alcançando 333.1 mm, um dos maiores índices já registrados na cidade para o período. No último ano, ao todo, choveu cerca de 1206.7 mm, registrando uma marca não atingida desde 2017.
A última vez em que um único mês choveu próximo dessa medida, no município, foi em fevereiro de 2015, onde o volume alcançou cerca de 309.3 mm.
Os dados meteorológicos de 2024 mostram uma variação significativa no nível de chuvas ao longo dos meses. Em janeiro, o índice foi de 136,2 mm, um começo relativamente moderado para o ano. Já fevereiro teve uma redução notável, registrando apenas 96,7 mm, o menor volume de chuvas registrado no primeiro semestre.
Os meses de março e abril continuaram marcado por quedas, onde choveu, respectivamente, 52.3 e 36.9 mm. Em maio, os dados tiveram um leve aumento, alcançando 94.9 mm. Já junho foi o mês mais seco de 2024, chovendo apenas 0.6 mm.
O segundo semestre trouxe uma recuperação nos índices. Julho registrou 66.9 mm, 111,5 vezes mais que os níveis de junho. Agosto, por sua vez, teve um decaimento para 43.5 mm, assim como setembro, que registrou 33.3 mm.
Os números começaram a melhorar a partir de outubro, onde choveu cerca de 153.2 mm. Novembro foi o prenúncio das chuvas intensas de dezembro, com 159.1 mm registrados. Esse aumento preparou o terreno para o pico em dezembro, quando o índice de 333,1 mm surpreendeu a população e trouxe impactos significativos para a cidade, como um deslizamento na Vila Aliança. (Relembre o caso clicando aqui).
A chuva diminui a poeira que está presente no ar, carregando-a para o solo, por isso melhora a qualidade do ar. Além da poeira, outros gases tóxicos e poluentes também são formados pelas combustões completa e incompleta. A falta de chuvas não afeta somente o meio ambiente, com a seca, mas também a saúde.
No campo
Embora o agronegócio tenha métodos de mitigação, é importante prestar atenção na qualidade dos alimentos consumidos. O professor e doutor, vice-coordenador do curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Daniel Nassif, explica como a falta de chuvas pode afetar diretamente o agronegócio através da poluição. “Quanto mais poluído for o ar, menor é a incidência de radiação solar, e isso pode atrapalhar o desenvolvimento das culturas”, afirma.
“A poluição em si não deve causar grandes prejuízos diretos à produção agrícola, mas há impactos indiretos significativos. O clima seco e os incêndios florestais, por exemplo, muitas vezes criminosos, representam a maior ameaça”. Segundo ele, o uso de irrigação pode minimizar as perdas, especialmente em períodos de seca e alta temperatura, mas também há uma atenção especial para o abastecimento.
Na saúde
Segundo o otorrinolaringologista, José Otavio Aires, manter um ambiente com ar limpo e adequado em termos de temperatura e umidade é crucial para preservar o bom funcionamento do sistema respiratório.
Além dos impactos respiratórios, o ar seco também pode prejudicar a saúde cardiovascular. “O ar muito seco rouba umidade do corpo, o que pode levar a desidratação e favorecer problemas como trombose venosa profunda, infarto do miocárdio e até acidentes vasculares”, comenta o profissional.
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