Famílias de estudantes da zona rural de Itapetininga procuraram a polícia para denunciar uma professora da rede municipal por ofensas e maus-tratos a crianças da EMEIF Bairro do Retiro, onde leciona para turmas do ensino infantil e fundamental.
Segundo um dos responsáveis, cinco mães foram à delegacia no dia 8 de janeiro e uma delas formalizou o boletim de ocorrência em nome do grupo. No relato, as crianças teriam sido chamadas por apelidos ofensivos como “baleia”, “burro”, “feio” e “vaca”, e uma delas relatou ter sido beliscada. As queixas também apontam práticas como obrigar os alunos a comer à força, deixá-los ajoelhados em um canto da sala e aplicar desodorante nos estudantes sob a justificativa de que estariam “fedorentos e nojentos”.
De acordo com informações do G1 de Itapetininga, as situações teriam ocorrido desde 2022, mas só vieram à tona recentemente, quando os filhos souberam que teriam aulas novamente com a mesma professora. Ao todo, 13 alunos demonstraram medo em retornar às aulas com ela. As denúncias foram encaminhadas à Secretaria Municipal de Educação e à direção da escola, com pedido de substituição da educadora.
A professora, por sua vez, negou todas as acusações, afirmou estar em licença até recentemente e disse ainda não ter sido oficialmente notificada. Ela declarou acreditar estar sendo alvo de perseguição e violência psicológica.
Em nota, a Prefeitura de Itapetininga informou que abriu um processo interno de apuração e que tomará as providências cabíveis se as denúncias forem confirmadas. A Secretaria de Segurança Pública relatou que o caso foi registrado eletronicamente e está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Polícia de Itapetininga. Já o Conselho Tutelar afirmou que não está envolvido na apuração.
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