Com apenas 18 anos, Silvio Antunes alcançou um grande feito em sua vida. O itapetiningano foi aceito com bolsa integral em uma das universidades mais seletivas do mundo, a Duke University, nos Estados Unidos. A instituição, localizada na Carolina do Norte, possui taxa de aceitação de apenas 6,3% e oferece pouquíssimas bolsas integrais para estudantes estrangeiros. Silvio, aluno de escola pública e natural de Itapetininga, agora integra esse seleto grupo, estando entre as 20 melhores universidades do globo.
O estudante relata que a vontade de estudar fora nasceu no primeiro ano do ensino médio, durante um intercâmbio chamado Jornada dos Embaixadores, onde passou um mês nos Estados Unidos. Desde então, traçou uma meta clara: estudar em uma universidade de ponta no exterior, aprender com os melhores e retornar ao Brasil para impactar a sociedade através da educação e da política. Entre suas inspirações, Silvio conta que estão figuras como Tabata Amaral e Renata Ferreirinha.
A notícia da aprovação veio durante uma ligação com suas orientadoras do programa EducationUSA, uma rede global de Centros de Orientação do Departamento de Estado Americano, que o acompanhou durante o processo de candidatura. Ele estava em São Paulo, onde realizava uma pesquisa e participava de eventos pela USP. “Abri o portal e não vi nenhuma mensagem de texto. Só vi os confetes voando na tela. Aquilo significava que eu tinha passado. Comecei a chorar muito. Foi surreal”, conta.
O processo seletivo foi exaustivo e exigente. Provas padronizadas como o TOEFL (exame de proficiência em inglês) e o SAT (exame que possibilita admissão em faculdades dos Estados Unidos), redações, cartas de recomendação, histórico escolar impecável, atividades extracurriculares e premiações. “A ansiedade me atrapalhou muito. Foi o maior desafio do ano passado. Cheguei a passar mal fisicamente por causa disso. Achei que não ia conseguir. Mas continuei tentando, um pouco por dia”, lembra. Ele preparava rotinas rigorosas de estudos, conciliando escola com os exames e redações da aplicação.
Além da aprovação em Duke, Antunes já colecionava conquistas acadêmicas como medalhas em olimpíadas do conhecimento, projetos sociais, bolsas anteriores, como a da EducationUSA, que cobriu todos os custos das provas, inscrições, traduções e até da viagem para os EUA, além de oferecer apoio emocional e acadêmico.
O aluno também foi aprovado na USP e em outras instituições estrangeiras, mas para ele, a bolsa integral em Duke representa mais que um diploma. “É a realização de um sonho que vai além de mim. Minha mãe terminou o ensino médio trabalhando. Minha avó só estudou até o quinto ano. Agora, as próximas gerações da minha família vão ter outras oportunidades. Educação muda tudo, muda gerações inteiras”, afirma.
O jovem pretende cursar três áreas em Duke como Políticas Públicas, Educação e Economia. Nos EUA, o estudante só declara oficialmente seus cursos após dois anos de faculdade. “Eu acredito muito na educação porque ela me transformou. E acredito em políticas públicas porque uma política pública, a OBMEP, mudou minha vida. E a economia é fundamental para pensar políticas reais de combate à pobreza. Tudo está conectado”.
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