Moradores do bairro Cambuí, em Itapetininga, denunciaram ao Correio, a falta de cuidados do local, que enfrenta problemas de manutenção. Entre as principais queixas estão a falta de roçagem na Avenida Doutor José Lembo, que tem feito o mato invadir calçadas, terrenos e até casas, prejudicando o trânsito de pedestres. Um dos pontos mais críticos é em um condomínio que sofre com a vegetação descontrolada e animais peçonhentos.
Além disso, a situação precária do ponto de ônibus na mesma avenida é alvo de reclamações. A estrutura está cercada por calçadas quebradas, que em dias de chuva transformam-se em verdadeiras piscinas de barro, conforme relatado por residentes da região. Mais abaixo, o barro também se faz presente em boa parte do percurso, dificultando o tráfego de pedestres e veículos com as chuvas. A via, cercada de mato de ambos os lados, apresenta condições que moradores descrevem como intransitáveis. “Quando chove, não temos nem por onde passar. Ficamos presos, pois a lama toma conta e o mato só piora tudo”, reclama a dona de casa Maria do Carmo Silva, que vive na região há mais de 15 anos.
De acordo com moradores, a falta de manutenção do bairro não é novidade, mas as reclamações têm se intensificado diante da piora constante das condições. A falta de roçagem não só compromete o visual do bairro, mas também gera riscos à segurança. “É impossível caminhar com crianças ou idosos, pois as calçadas estão quebradas. Teve época até que as calçadas estavam até tomadas pelo mato”, conta o comerciante João Ferreira, de 63 anos.
O estado de conservação no ponto de ônibus da região também é alvo de críticas. Usuários relatam dificuldades diárias e sentimento de abandono. “Já perdi uma sandália aqui porque ficou presa na lama enquanto eu corria para pegar o ônibus para trabalhar. O ponto é bem simples, mas com a falta de cuidado, sentimos um pouco de descaso”, relata a vendedora Camila Almeida.
Com a chegada do verão, outro problema recorrente é o aumento da proliferação de insetos e animais peçonhentos, como aranhas, baratas e escorpiões, que têm encontrado abrigo nos terrenos abandonados, próximos ao condomínio. “Como moro no térreo, já vi de tudo aqui dentro. Aranhas, insetos, principalmente baratas, enchem nessa época do ano. Estão sempre dedetizando o condomínio, mas acredito que por estar localizado no meio de dois terrenos sem cuidados, onde as pessoas descartam até lixos, não há dedetização que aguente. É um perigo para as crianças, que estão sempre brincando por aqui”, relatou uma moradora do residencial, que não quis se identificar.
Proprietários de terrenos com matos altos e sujos podem ser multados, visto que a falta de manutenção no local, facilita a proliferação do mosquito da dengue, além de outros animais peçonhentos, como relatados acima.
A população pode colaborar denunciando áreas com descarte irregular de materiais ou terrenos sujos pelos seguintes canais: Setor de Controle de Vetores pelo telefone (15) 3273-2567, Ouvidoria SUS pelo 0800 774-3990, ou SAC pelo 156, onde as denúncias são apuradas e podem resultar em multas superiores a R$ 2 mil.
A Prefeitura de Itapetininga diz ter intensificado ações para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, incluindo mutirões de limpeza e conscientização sobre o risco de doenças. Em 2024, foram removidas 4.232 toneladas de materiais inservíveis durante essas ações. O trabalho envolve a colaboração das Secretarias de Saúde, Serviços Públicos, Segurança Pública, Meio Ambiente e Defesa Civil.
A Prefeitura também orienta sobre o descarte correto de materiais inservíveis no novo Ecoponto, localizado na Rua Alceu Corrêa de Moraes, 1.109, Jardim Vieira de Moraes. O local está disponível de segunda a sábado, das 8h às 17h, e possui caçambas para diferentes tipos de resíduos.
Questionada sobre a roçagem e manutenção de calçadas, a Prefeitura de Itapetininga não retornou até o fechamento dessa edição.
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