Em 2024, o número de emissões de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNH) em Itapetininga chegou a 7.526. O levantamento do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) ainda não inclui o mês de dezembro, mas já reflete uma alta procura pela habilitação na cidade.
A Autoescola Barros, referência no setor e a mais tradicional de Itapetininga, destaca que, até outubro, antes do início dos feriados de fim de ano, houve um aumento significativo na procura por CNHs. Francisco Barros, que administra o negócio ao lado de seu pai, explica a importância do documento no mercado de trabalho. “Ainda é muito importante hoje em dia para as pessoas procurarem emprego. Muitas empresas pedem a CNH, ela é uma necessidade”, afirma.
Outro fator percebido pelos empreendedores foi o aumento da inclusão do EAR (Exerce Atividade Remunerada) na habilitação, especialmente entre trabalhadores autônomos. “Para uma pessoa trabalhar de Uber, por exemplo, não é possível trabalhar se não tiver o EAR”, explica Barros.
Com 50 anos de história, a Autoescola Barros começou como um despachante fundado pelo patriarca da família, também chamado Francisco Barros, e, desde então, consolidou-se como uma referência no município. Segundo os empreendedores, sua longa trajetória, aliada a um serviço transparente, é o que sustenta sua posição de destaque frente à concorrência.
Impactos da economia e novas taxas
As condições econômicas, como a inflação e o aumento das taxas, têm afetado diretamente os custos e a procura pela CNH. O pai de Francisco, também chamado Francisco Barros, ressalta que a demanda pelo documento está ligada ao cenário econômico, especialmente ao índice de desemprego.
Entre as mudanças que prejudicam o setor, estão novas taxas implementadas pelo Detran-SP. “Por exemplo, o aluno que agendou um exame teórico ou prático, hoje, se ele não aparece no exame, ele pagará uma taxa que até ano passado não existia. Era pago uma taxa só em caso de reprova, mas não pelo não comparecimento”, explica Francisco.
Custos variam por categoria
O preço médio para obter uma habilitação nas categorias tradicionais, como carro e moto, gira em torno de R$ 3 mil considerando aulas práticas, teóricas e taxas. Já as categorias profissionais, como caminhões e ônibus, costumam ser mais baratas, pois exigem apenas as aulas práticas, aponta Barros.
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O post Mais de 7 mil pessoas tiraram carteira de motorista em 2024 na cidade apareceu primeiro em Correio de Itapetininga.