Durante as férias escolares, principalmente entre os meses de dezembro e janeiro, pais e responsáveis enfrentam o desafio de encontrar maneiras criativas e saudáveis de entreter as crianças longe da rotina escolar. De acordo com a psicóloga infantil Pamela Nanini, a resposta está na participação ativa da família nas brincadeiras e na criação de uma rotina que integre momentos de lazer e aprendizado.
Segundo Pamela, a melhor brincadeira não é aquela que envolve o brinquedo mais caro ou moderno, mas sim aquela em que os familiares estão diretamente envolvidos. “Brincar com os pais, avós ou irmãos estimula diversas funções cognitivas e sociais da criança, além de fortalecer os laços afetivos. Melhor do que qualquer brinquedo específico é a presença e o engajamento das pessoas”, explica a especialista.
Para a especialista, não existe uma fórmula mágica para determinar a brincadeira ideal, já que cada criança possui necessidades e habilidades próprias. Pamela destaca que, se a criança tem facilidade com raciocínio lógico, jogos educativos e quebra-cabeças podem ser mais atrativos. Para aquelas que precisam desenvolver habilidades motoras ou sociais, atividades como futebol, dança ou brincar em parquinhos são ótimas opções.
A psicóloga também ressalta que a transição do uso excessivo de eletrônicos para brincadeiras mais ativas deve ser gradual e estratégica. “Combine períodos diários para brincar sem telas e vá aumentando o tempo aos poucos. A ideia é incorporar essas atividades no cotidiano da criança, não apenas durante as férias”, orienta. Aplicativos educativos, quando usados com moderação, também podem ser aliados. Exemplos incluem jogos que ensinam hábitos de higiene, formas e números, ou que estimulam a concentração, como quebra-cabeças digitais.
Relembrar as brincadeiras simples da infância dos pais também é uma estratégia que funciona, além de ser benéfico para ambos os lados. Nanini sugere cabanas feitas com lençóis, brincadeiras de sombras ou jogos de mãos, como “pedra, papel e tesoura”. “As crianças amam saber como os pais brincavam quando eram pequenos. Esses momentos não só divertem, mas também criam memórias afetivas duradouras”.
As férias também podem ser uma oportunidade para ensinar responsabilidades de maneira leve e empática. A profissional sugere evitar correções ríspidas ou ordens diretas, preferindo abordagens que incentivem a colaboração. Por exemplo, em vez de ordenar “arrume sua cama!”, peça ajuda de forma motivadora, como: “Você arruma a cama tão rápido! Sua ajuda seria incrível para mim. Dessa forma, a criança sente-se valorizada e desenvolve autonomia”.
Embora as férias sejam um período de descanso, manter uma rotina básica é fundamental para o bem-estar das crianças. Pamela explica que criar hábitos ao longo do ano facilita a organização desse período. “A rotina nas férias não precisa ser rígida, mas é importante ter combinados claros sobre o que será feito durante o dia. Isso evita desentendimentos e ajuda a criança a se sentir segura”, finaliza.
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