Os responsáveis de alunos, de seis a doze anos, que frequentavam os Centros de Educação Complementar (CEC), em Itapetininga, estão apreensivos após serem notificados, no mês passado, de que as seis unidades da cidade serão fechadas. Um abaixo-assinado foi feito contra a mudança anunciada pela Prefeitura.
Os Centros de Educação Complementar oferecem atividades que vão além do ensino básico, como oficinas artísticas, esportivas e educativas. O projeto, que há anos serve de apoio essencial para famílias que dependem de um ambiente seguro e educativo para seus filhos enquanto pais e responsáveis trabalham, está prestes a passar por uma reestruturação. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, as mudanças visam transformar os CECs em creches e escolas de período integral, mas muitos pais sentem que estão sendo deixados de lado nesse processo.
Em postagem feita em um grupo fechado nas redes sociais, em dezembro de 2024, uma mãe desabafa. “Olha que maravilha, as mães que dependem dos CECs, encerram o ano com essa notícia. Onde vamos deixar nossos filhos para trabalhar agora? Precisamos dos CECs e o digníssimo prefeito Jeferson Brun vai fechar para montar creches. Por que não reforma as que tem e procura outros lugares para fazer? É mais fácil tirar de quem precisa né. Indignada”.
A principal reivindicação dos pais e responsáveis é manter o funcionamento dos CECs ou, ao menos, assegurar uma transição que atenda às necessidades das famílias.
O Correio conversou com a vereadora Marina Nalesso, que em suas redes sociais, informou estar em reunião com o secretário municipal de educação, Roberto Gonçalves. Segundo a vereadora, atualmente 60 crianças e pré-adolescentes são atendidos pelos centros. “Segundo o Secretário, serão todos convertidos em EMEI (Escola Municipal de Ensino Infantil) e EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental), e serão geradas em torno de 400 novas vagas, sendo que parte delas serão de ensino integral, para atender as metas de educação. O mesmo firmou também que as crianças assistidas pelo projeto terão vaga garantida”.
De acordo com o secretário municipal de Educação, a decisão foi motivada pela baixa adesão de matrículas nos últimos anos. Ele anunciou que três unidades do CEC serão transformadas em creches, enquanto as outras duas, localizadas na Vila Rio Branco e Vila Sônia, serão convertidas em blocos adicionais de escolas de período integral.
Ainda segundo o secretário, as mudanças visam atender às metas educacionais do município. “Até março, todos os serviços estarão funcionando totalmente. Os pais devem solicitar transferência para as escolas de período integral ou escolher um dos projetos oferecidos pelo município”, orientou.
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