COMDEMA alerta para riscos de quedas de árvores em Itapetininga

O risco de quedas de árvores tem gerado preocupação por conta das chuvas que assolam Itapetininga e região nas últimas semanas. O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Itapetininga (COMDEMA) alerta para a necessidade urgente de ações preventivas, uma vez que diversas árvores em situação de risco, localizadas tanto em áreas urbanas quanto rurais, permanecem sem intervenção.

 

De acordo com o engenheiro florestal e presidente do COMDEMA, Décio Hungria Lobo, o problema se agrava com as chuvas e ventos recentes, que já ocasionaram quedas de árvores em bairros centrais e periféricos, prejudicando a rotina da população. “Esses episódios geram interrupção do fornecimento de energia, curtos-circuitos em transformadores e danos estruturais que podem culminar em tragédias maiores, como acidentes fatais”. Apesar dos alertas feitos à Prefeitura, não houve retorno efetivo até o momento, conforme relatado pelo presidente.

 

O COMDEMA sugere medidas preventivas, incluindo a realização de uma vistoria ampla em toda a cidade, a contratação de profissionais especializados e a criação de um canal para denúncias da população. “Queremos evitar que a situação fuja do controle. Acreditamos que, atualmente, há entre 500 e 1.000 árvores em condições de alto risco, algumas já inclinadas, com sinais de apodrecimento ou pragas, podendo causar danos iminentes. Na zona central e nos bairros mais próximos, temos, aproximadamente, 400 quilômetros de ruas, conforme o levantamento estimado pelo COMDEMA”.

 

Ainda segundo Décio, os processos administrativos relacionados à análise e corte de árvores têm sido ineficazes, com prazos que ultrapassam meses. “Os pedidos de vistoria levam de dois a três meses para serem analisados e, só depois, entram na programação de corte, que também pode demorar outros três meses. Essa demora é inaceitável e coloca em risco a segurança da população”.

 

Em resposta, a Prefeitura informou ao Correio, que todos os protocolos recebidos pela Secretaria de Meio Ambiente passam por vistorias realizadas por técnicos habilitados, sendo posteriormente encaminhados ao COMDEMA para parecer consultivo. No entanto, a administração reconhece que a alta demanda e os casos emergenciais causados por intempéries climáticas podem alterar o cronograma de execução.

 

Ainda segundo a Prefeitura, em casos de queda de árvores em residências ou vias públicas, a orientação é que os cidadãos acionem a Defesa Civil pelo número 199 ou o SAC 156 para atendimento rápido. Para análises preventivas, proprietários devem protocolar solicitações nos pontos de atendimento da Prefeitura.

 

Apesar das recomendações da Prefeitura, o COMDEMA insiste que a situação exige maior agilidade e investimentos. “Defendemos a realização de um mutirão nas áreas centrais, com maior fluxo de veículos e pedestres, além das regiões periféricas e rurais. Esse trabalho preventivo é indispensável para evitar tragédias e prejuízos futuros. É necessário a contratação de mais pessoas especializadas na área para que o trabalho preventivo seja feito corretamente. Com uma pessoa habilitada, essas questões poderiam ser resolvidas em no máximo 30 dias, poupando quedas e até uma tragédia, com vidas humanas envolvidas, além do prejuízo material, pois já tivemos casos de árvores caindo em cimas de carros, muros, construções e afins”, conclui Hungria.

 

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