Pais denunciam condições precárias de escola municipal

Pais de alunos e moradores do Bairro do Rio Acima, em Itapetininga, relatam as condições precárias da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIF) José Pires de Campos. Fotos publicadas nas redes sociais mostram a situação da unidade improvisada, que funciona em um imóvel alugado há cerca de oito anos.

Liliane Bueno, mãe de um aluno da escola, relata sua indignação, mencionando que as salas são pequenas e quentes, com banheiros de uso coletivo para alunos e profissionais. “Estamos esperando uma nova escola há oito anos. As crianças não podem fechar as portas [do banheiro] porque correm o risco de ficarem trancadas. Muitas vezes, outros alunos entram sem saber que o banheiro está ocupado, gerando constrangimentos. A casa adaptada tem rachaduras e deslocamento de vigas”.

Segundo a moradora Pamela Pereira, que estudou na antiga escola do bairro, o atual espaço deveria ser uma solução provisória, mas permanece como sede da unidade há quase uma década. “A antiga escola ficou precária por falta de manutenção, então alugaram uma casa e adaptaram para escola, que seria provisória, mas permanece hoje. Enquanto isso, o antigo prédio da escola passou por uma reforma e virou um postinho de saúde”, relata.

“O teto está comprometido, há rachaduras externas e internas, e o refeitório é na varanda da casa. Quando chove com vento, molha tudo”, afirma Pereira.

Além disso, há na escola turmas mistas, reunindo alunos do 3º e 4º anos na mesma sala, o que, segundo Pereira, impacta diretamente no aprendizado.

Pereira relata que os moradores estão mobilizados nas redes sociais para que a Prefeitura solucione o problema. “Agora que estamos fazendo barulho, já apareceram três vereadores e o estado da escola foi citado na Câmara Municipal. Mas a situação é lamentável.”

A vereadora Marina Nalesso (PL) disse que visitou a unidade e confirmou a precariedade do local. “O espaço é apertado, sem ventilação, com banheiros anexos às salas de aula, bolor, rachaduras e um telhado comprometido. Nossas crianças merecem respeito”, declarou a parlamentar.

Na sessão da Câmara do último dia 13, a vereadora Denise Franci encaminhou um requerimento ao Executivo pedindo informações sobre os problemas estruturais da escola. “A casa foi transformada em escola, os quartos viraram salas de aula, e isso é inaceitável. O que era provisório já se arraste por anos. Onde ficava a antiga escola, havia um estudo para reforma, mas o espaço foi considerado pequeno e acabou se tornando um posto de saúde”, explica.

Franci ainda apontou que a casa alugada não tem condições de reforma e é inviável continuar com as crianças no local. “Estamos falando de aproximadamente 65 alunos que precisam de uma escola digna”.

Marina Nalesso também destacou a presença de um ventilador quebrado em uma das salas, que abriga 30 alunos. “O banheiro dentro da sala não tem tranca, causando desconforto e exposição das crianças. O odor do banheiro invade a sala, pois é como se fosse uma suíte. Há oito anos, os moradores aguardam uma solução que nunca vem”.

“A Defesa Civil já fez uma vistoria no local e afirmou que é necessário tomar providências urgentes. Tudo isso está sendo protocolado na Prefeitura”, revela Bueno.

Em nota, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação, informou que a manutenção da unidade já está no cronograma anual de serviços e será realizada o mais breve possível. No entanto, não esclareceu se há planos para a realocação da escola para outro espaço mais adequado.

Para mais notícias como essa, acesse a aba Saúde e Educação.

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