As duas escolas estaduais, PEI E.E Prof. Elisiário Martins de Mello e PEI E.E Prof. Sebastião Pinto, que haviam manifestado interesse em aderir ao modelo cívico-militar em Itapetininga, não foram aprovadas na segunda fase de análise e consultas. Conforme divulgado nessa terça-feira, dia 15 de abril, em todo Estado de São Paulo, apenas 35 escolas foram selecionadas.
Com essa nova etapa, as escolas presentes na lista terão que enfrentar uma fase decisiva. Enquanto a seleção final acontece entre os dias 15 e 17 de abril, o anúncio oficial será feito na próxima sexta-feira, 25 de abril.
Interesse no modelo em Itapetininga
Na primeira etapa da consulta pública promovida pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), 70 escolas da rede estadual aprovaram a implantação do modelo cívico-militar. Entre elas, estavam duas unidades de Itapetininga a E.E Prof. Elisiário Martins de Mello e PEI E.E Prof. Sebastião Pinto.
As votações ocorreram entre os dias 17 e 31 de março e envolveram pais, estudantes e profissionais das 302 escolas que haviam demonstrado interesse pelo novo formato ainda em 2024. O governo estadual pretende implantar o modelo em até 100 escolas a partir do segundo semestre deste ano.
Cinco escolas rejeitaram a proposta na primeira rodada. Outras sete se abstiveram, e diversas unidades não atingiram o quórum mínimo necessário para validar o processo. Essas escolas terão mais duas oportunidades de realizar a votação nas próximas semanas.
Como será o funcionamento do modelo cívico-militar
As escolas que aderirem ao programa seguirão o currículo paulista e contarão com monitores militares.
Segundo defensores do modelo, a mudança busca promover um ambiente escolar mais organizado e seguro, com a colaboração de profissionais civis e militares, sem alterar o conteúdo pedagógico.
Críticas
As principais críticas às escolas cívico-militares giram em torno da militarização do ambiente escolar, considerada por muitos como inadequada ao espaço educacional, que deve priorizar o desenvolvimento crítico e democrático dos estudantes. Críticos argumentam que esse modelo enfatiza excessivamente a disciplina e a hierarquia, o que pode sufocar a liberdade de expressão, o diálogo e a autonomia dos alunos. Além disso, há preocupações sobre a ausência de evidências concretas de melhora significativa no desempenho escolar, bem como o possível desvio de recursos públicos para um modelo que não foi amplamente debatido com a comunidade educacional e que pode reforçar desigualdades ao invés de reduzi-las.
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