O uso de medicamentos sem prescrição médica é uma prática comum e pode trazer consequências sérias para a saúde. Além de dificultar o diagnóstico de doenças, esse hábito pode provocar reações adversas, agravar quadros clínicos, intoxicações e outros problemas de saúde.
Em 5 de maio, o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos tem como objetivo conscientizar a população sobre os riscos do consumo de remédios sem prescrição.
O professor de Farmacologia da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), campus Itapetininga, Diogo Mastrorocco, destaca a importância da orientação profissional no uso de medicamentos. Ele explica que a automedicação pode provocar reações adversas, intoxicações, dependência, agravamento de doenças e, em casos mais graves, óbitos.
“Todo medicamento envolve riscos, inclusive os de uso habitual. Quando administrados sem acompanhamento médico ou farmacêutico, esses produtos podem mascarar sintomas, dificultar diagnósticos e gerar efeitos colaterais importantes”, alerta
Outro comportamento recorrente e perigoso é o compartilhamento de medicamentos entre familiares ou vizinhos. “Isso pode resultar em interações medicamentosas perigosas ou no agravamento de uma condição de saúde que exige outro tipo de tratamento. Um medicamento que foi eficaz para uma pessoa pode não ser o mais indicado para outra”, explica Mastrorocco.
O professor também chama a atenção para o uso de medicamentos vencidos ou mal armazenados. “Produtos fora da validade ou guardados de forma incorreta, expostos ao calor ou à umidade, podem ter sua eficácia reduzida ou até anulada, além de provocarem reações indesejadas”, complementa.
Para saber se está fazendo um uso racional de medicamentos, a recomendação é simples: siga sempre a prescrição de médicos, farmacêuticos ou enfermeiros, observe os horários e a dosagem correta, confira a validade dos produtos e mantenha os medicamentos armazenados em locais adequados.
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