Fábrica de requerimentos
Com 439 requerimentos em apenas cinco meses e meio, a Câmara Municipal está batendo recorde de pedidos. Pelo previsto pelo presidente Bispo André, em mais cerca de três sessões, podem chegar aos 500. O vereador Eduardo Codorna propôs a análise de quantos desses foram realmente respondidos ou atendidos.
Doenças invisíveis
A vereadora Catarina Nanini criou um Projeto de Lei em defesa das doenças “invisíveis”, pedindo que pessoas diagnosticadas com lúpus, epilepsia e ataxia, obtenham uma identificação e tenham atendimento preferencial em filas e estacionamentos com vagas para pessoas com deficiências. Em seu argumento, a vereadora diz que o sofrimento pode até não ser visível, mas é bem real. O Projeto de Lei foi aprovado pelas comissões de finanças, justiça, cultural, assistência social e outras.
Não é bem assim
A única comissão que não aprovou o Projeto de Lei foi a Comissão do Consumidor. O vereador Mário Carneiro solicitou um parecer e argumentou de forma técnica dizendo que na realidade as vivências “não são bem assim”. Segundo ele, a maioria desses casos não costuma ser grave e que “seria complicado sair dando credencial por aí para quem não tem cara de doente”, visto que muitas vezes os pacientes que possuem tais doenças não costumam ter dificuldades motores ou sociais. Catarina, autora do Projeto de Lei, com um sorriso diplomático e um pedido “carinhoso”, tentou convencê-lo a votar com o coração, mas o vereador se absteve no momento do voto.
Sem cargos
Catarina esclareceu um ponto de seu outro Projeto de Lei, que trata da criação da Rede Municipal de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Vereadores pensaram que o projeto visava criar novos cargos ou atribuições. “A ideia é interligar quem já faz o trabalho (CREAS, CRAM, GCM, SUS, etc.) para falar a mesma língua e parar de empurrar vítimas de setor em setor. Tudo isso de olho na futura Casa da Mulher, que já tem prédio quase pronto, só falta virar realidade”. Entretanto, a obra mencionada da futura Casa da Mulher, localizada na Vila Hungria, está atrasada há 11 meses.
Palco da Peixoto Gomide
O vereador Miguel Turmeiro criticou a falta do palco, que antes ficava na Praça Peixoto Gomide e servia para apresentações musicais e teatrais na feira livre de Itapetininga. Ele cobrou a volta do espaço para os violeiros da feira, que foi desmontado para reformas na era de secretariado de cultura do agora vereador Guilherme Morelli, anos atrás. O vereador Matheus Ribeiro informou que presenteou a Secretaria de Cultura com um palco, que está sem uso, através de uma emenda impositiva e que o mesmo poderia ser usado. Miguel disse que era uma falta de respeito com os artistas. “Queria vir elogiar, mas assim não dá mais”.
Prato de promessas
Desde o primeiro mandato, Miguel Turmeiro também luta para instalação na cidade do programa estadual Bom Prato, que oferece refeições a baixo custo para a população. O mesmo disse que já solicitou ajuda para o deputado estadual Edson Giriboni e que agora, em reunião com prefeito, o gestor disse que irá tentar conversar com o governador Tarcísio de Freitas, para a implementação do programa no município.
Pauta conservadora
A deputada Simone Marquetto segue concentrando sua atuação na Câmara em pautas de cunho conservador, especialmente ligadas aos costumes. Recentemente, a política publicou um vídeo em suas redes sociais, ao lado de figuras como a senadora Damares Alves, reafirmando sua posição contrária ao aborto em qualquer circunstância. No entanto, muitos eleitores que depositaram confiança em sua candidatura esperavam uma atuação mais voltada ao desenvolvimento da nossa região tema central de sua campanha eleitoral.
Leia a coluna Correio Político.
O post Em quase seis meses, Câmara Municipal solicita cerca de 500 requerimentos; vereador propõe análise de respostas apareceu primeiro em Correio de Itapetininga.