O emprego formal em Itapetininga cresceu com saldo positivo de 1.826 novas vagas de empregos no primeiro semestre. O avanço aponta que jovens entre 18 e 24 anos abocanharam a maior parte das oportunidades oferecidas pelas empresas com 43% do total, ou seja, 784 postos de trabalho no resultado positivo. Entretanto, realidade inversa vive quem possui idade entre 50 e 64 anos que reteve apenas 3,5%, logo 65 novas contratações, segundo o Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego.
Na amostragem, profissionais na faixa etária entre 30 e 39 anos ocuparam a segunda colocação no saldo da geração de emprego, com 22,5% no primeiro semestre. Portanto, 412 admissões formais. Em terceiro lugar, estão os adolescentes até 17 anos que avançaram em 13,7% no mercado de trabalho da cidade, com acréscimo de 250 novas contratações. Em quarto lugar surgem os funcionários no intervalo entre 25 a 29 anos de idade, conquistaram 203 postos de trabalho, ou, 11,1% do saldo positivo.
Para o economista Márcio Aleixo, o maior volume de contratação de jovens se explica devido às remunerações inferiores. “Primeiro, as pessoas da faixa etária dos jovens, estão em busca do primeiro emprego, e uma grande quantidade de vagas são de níveis iniciais e salários mais baixos”, comentou o especialista. .
O cenário é diferente para as pessoas acima de 50 anos, avalia o especialista. “Já tem uma carreira mais estruturada, uma experiência consolidada, por isso pode ser que já estejam em sua grande maioria empregadas e não estão em busca de emprego ou dispostos de trocar de empresas”, acrescentou o economista de Itapetininga.
Conforme o Caged, o grupo de profissionais com faixa etária entre 40 e 49 anos ficou na 5ª colocação, com 7,4% no saldo, ou 139 novas contratações. Aquelas pessoas com mais de 65 anos, mas que permanecem no mercado de trabalho tiveram resultado negativo com o fechamento de 27 postos de trabalho, com um recuo de -1,5%.
Junho
Itapetininga registrou avanço positivo de 340 postos de trabalho em junho, conforme o Caged. Nas contratações deste mês, repetiu o predomínio de jovens entre 18 e 24 anos de idade, com 125 admissões, ou 36,7% do saldo registrado na cidade. Novamente, o segundo lugar ficou para os profissionais na faixa etária entre 30 e 39 anos com 33% em relação ao resultado positivo.
Em terceiro lugar, aparecem os funcionários no intervalo entre 25 a 29 anos de idade, conquistaram 83 postos de trabalho (24,5%). Na quarta posição, estão os adolescentes até 17 anos com 24 novas contratações (7%), apontou o Caged, que calcula os dados para o Ministério do Trabalho e Emprego.
No saldo para quem está acima de 40 anos, parece que o mercado fecha as portas. Pelo menos é o que mostra o Caged. Os profissionais entre 40 e 49 registraram saldo três colocações. E no intervalo entre 50 e 65 anos, apenas uma nova contratação na carteira de trabalho. Isso representa, respectivamente, 0,9% e 0,3% do saldo de junho, segundo o Caged.
Conforme estudos publicados pela coordenadora do programa Sênior da FAE Centro Universitário, Denise Machado, no Brasil há o culto à juventude, em que só é produtivo quem é jovem. Conforme a coordenadora do Núcleo de Empregabilidade da instituição de ensino, estudos mostram que esse tipo de preconceito está enraizado.
Análises publicadas pela Fundação Instituto Pesquisas Aplicadas (Fipe) apontaram as gestões de RH não estariam ainda “preparadas para a mudança demográfica em curso, não tendo políticas ou práticas específicas para este grupo populacional, incorrendo no preconceito de idade”, relatou o estudo.
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