O Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP) passa por uma reestruturação organizacional neste mês com a publicação da Portaria PR/DER-001/2025. A reestruturação, no entanto, é criticada pelos funcionários do órgão. O sindicato que representa a categoria afirma que a mudança foi realizada sem diálogo adequado e que muitos servidores perderão benefícios salariais ao serem realocados para seus cargos de origem.
A medida extinguiu 1.578 cargos e 510 funções em todo o estado, representando uma redução de 74,8% no número de cargos em comissão e de 61,6% nas funções de confiança.
Segundo o DER, a mudança visa otimizar processos internos, fortalecer a governança e tornar a alocação de recursos mais eficiente.
Com a nova estrutura, todas as regionais do DER-SP foram reorganizadas em um modelo padronizado. A Regional de Itapetininga, por exemplo, agora opera como Coordenadoria Geral Regional 2 (CGR 2) e conta com 13 unidades administrativas. O DER defende que a padronização melhora o fluxo de trabalho, simplifica hierarquias e reduz custos com pessoal.
O nome do novo coordenador-geral da CGR 2 ainda não foi divulgado, mas será publicado no Diário Oficial do Estado nos próximos dias, informou o DER.
Sindicato critica a reestruturação
Confira a entrevista com Claudinei Manea, presidente do Sindicato dos Servidores do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (Sisderesp):
1. Jornal Correio: Atualmente, quantos cargos existem na Regional de Itapetininga e quantos funcionários, aproximadamente, estão lotados nela?
Claudinei Manea: Em todo Estado 1.578, distribuídos nas 14 Regionais e 56 Residências de Conservação.
2. JC: Com a extinção de cargos prevista na reestruturação do DER-SP, qual será a situação dos funcionários afetados?
CM: Os servidores afetados pela reestruturação voltarão aos seus cargos de origem, perdendo assim as vantagens que o cargo de comando lhe oferecia.
3. JC: Haverá realocação ou desligamentos?
CM: Existem várias conversas, mas nada oficial porque a administração não recebeu o sindicato para conversar sobre o assunto. Mas há rumores de um programa de demissão voluntária para os servidores que desejarem sair do órgão.
4. JC: O governo estadual ou a administração do DER-SP comunicou alguma orientação específica aos funcionários após a mudança?
CM: Houve muitas informações desencontradas, pois os servidores tiveram que assinar documentos em os proibiam de conversar sobre o assunto.
5. JC: Como o sindicato avalia essa reestruturação?
CM: Na visão da Diretoria do Sindicato o órgão necessitava realmente de uma reorganização e modernização para estar preparado executar as leis trânsitos atuais.
Uma reorganização que aproveitasse a expertise de nossos servidores na execução das funções referentes às rodovias.
Seria positivo se fossem aproveitados aqueles servidores que buscaram durante anos se preparar com curso universitário, esperando uma reorganização do órgão.
Mas o governo buscou acomodar seus apadrinhados políticos (militares) de outros estados para estar à frente do órgão.
6. JC: Quais sãos os principais impactos para os trabalhadores?
CM: Desânimo total por não serem absorvidos na nova estrutura, e o pior perdas das vantagens salariais que os cargos lhe proporcionavam.
7. JC: Há alguma ação prevista pelo sindicato para garantir a estabilidade ou os direitos dos funcionários afetados?
CM: Estabilidade dos servidores é garantida pela constituição Federal, e vamos trabalhar muito para que seja garantido este direito, e que não sofram assédio moral pela novas administração regionais.
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