Natural de Itapetininga e atualmente residente no Rio de Janeiro, o educador Alexandre Alapone é o novo nome da literatura brasileira. Estreando no mercado editorial com o romance “Toni & Rita em 1975”, o autor conduz o leitor a um drama familiar ambientado na década de 1970, com cenário central na cidade de Itapetininga. A obra, publicada pela Editora Arcádia, já está em pré-venda e contará com eventos de lançamento na Barra da Tijuca (RJ) e em sua cidade natal.
Com uma narrativa intensa e carregada de sentimentos, Toni & Rita em 1975 retrata os conflitos de uma jovem que engravida fora dos padrões tradicionais da época e enfrenta o desprezo do marido, o preconceito social e a dor de um filho rejeitado. A história se desenrola a partir de um contexto real, e, segundo Alapone, pode ser considerada uma autobiografia.
“Essa obra é 100% uma história real. Surgiu como uma forma de perpetuar a memória de uma mulher interiorana, mãe, esposa e cidadã, que desafiou os costumes do seu tempo. Ela enfrentou por três vezes o câncer, e, na última, reverenciou e se rendeu à morte, sua grande algoz”, relata o autor.
A obra carrega fortes reflexões filosóficas e sociológicas, aspectos que Alexandre também vivencia em sua trajetória como educador. O enredo convida o leitor a pensar sobre os conflitos familiares, o peso das tradições sociais e a permanência do amor mesmo diante da dor e da rejeição.
“Até que ponto devemos nos curvar aos costumes temporais? Nossas ações reverberam mesmo quando não estamos mais aqui. Mostrar que os conflitos familiares são iguais em todos os lares, e que diante do ódio, a indiferença e os desentendimentos, o que permanece é o mais nobre de todos os sentimentos: o amor”, aponta Alapone
Romance com raízes itapetininganas
Apesar de residir no Rio de Janeiro, Alexandre fez questão de ambientar boa parte do livro em Itapetininga, onde nasceu e cresceu. Trechos do romance citam diretamente bairros, ruas e espaços simbólicos da cidade, como o antigo Paquetá (atual Vila Rio Branco), a igreja de São Roque, a padaria São Francisco, a matriz e as ruas Campos Sales e Quintino Bocaiúva.
“Sou filho dessa terra. Toda minha base educacional eu absorvi desse lugar de memórias e aconchego. Não existe possibilidade de escrever algo sem trazer algo da cultura, das falas, da atmosfera de Itapetininga. Apesar de ter saído há muito tempo dessa cidade, minha escrita carrega o amor a este chão”, afirma.
O autor revela ainda que o evento de lançamento na cidade será realizado em maio, com data a confirmar, assim que a editora iniciar a distribuição dos exemplares da pré-venda.
“Lançar minha primeira obra em Itapetininga é um reencontro com a vida que ainda me inspira. É honrar essa terra que moldou o homem que sou hoje”, reflete Alapone.
Novos projetos
Além do romance de estreia, Alexandre prepara o lançamento de seu segundo livro: “Os dias que sangram”, previsto para julho deste ano. A nova obra aborda temas delicados como sistemas de crenças, suicídio e o desafio da autenticidade em uma sociedade marcada por máscaras sociais. Com ambientações em Santa Catarina e no Rio de Janeiro, o livro mantém o tom dramático e poético que começa a caracterizar a escrita do autor.
“É um drama psicológico, um romance intenso sobre identidade, amor e o conflito entre fé e desejo”, explica Alexandre.
Apesar de ainda estar em processo de inserção no mercado literário, Alexandre afirma que deseja explorar mais histórias e personagens ligados a Itapetininga no futuro. “Itapetininga é um celeiro cultural. Há muito a ser contado sobre seus personagens vividos e suas histórias folclóricas”.
A obra Toni & Rita em 1975 já pode ser adquirida no site da Editora Arcádia em: https://www.editoraarcadia.com.br/toni-e-rita
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