ERRATA – Diferentemente do que foi publicado na notícia “Escolas de Itapetininga ficam fora de lista para aderir modelo cívico-militar”, Itapetininga pode sim ter escolas cívico-militares. A informação foi confirmada pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) que corrigiu as informações divulgadas anteriormente. O resultado oficial sairá no dia 25 de abril.
Conforme explicado pela Seduc-SP, as escolas interessadas em participar do processo seletivo terão três chances de entrar. Para isso, é necessário que tenham um número mínimo de votantes a favor do modelo, que nesse caso são o corpo docente, pais e responsáveis e os próprios alunos das escolas em questão.
Caso a escola não consiga atingir a quantidade mínima de votos válidos estabelecida para a validação do processo de consulta, novas consultas deverão ser realizadas.
As escolas PEI E.E Prof. Elisiário Martins de Mello e PEI E.E Prof. Sebastião Pinto, de Itapetininga, apareceram logo na primeira lista. Ou seja, continuam participando do processo para a adesão ao modelo cívico-militar.
A segunda rodada foi divulgada na última terça-feira, dia 15 de abril e a terceira deve ser finalizada ainda nessa quinta-feira, e de acordo com a Seduc-SP, o nome de mais escolas do munícipio ainda podem aparecer.
Caso, após a terceira tentativa, a quantidade de votos válidos ainda não tenha sido alcançada, a decisão sobre a adesão da escola ao Programa Escola Cívico-Militar será submetida à avaliação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, que tomará as medidas cabíveis para assegurar a continuidade do processo decisório.
Ao todo, serão cerca de 100 escolas, entre todo o Estado de São Paulo, a aderirem ao modelo. A primeira consulta, onde as escolas da cidade apareceram, possuía 70 escolas. A segunda consulta 35, totalizando, nas duas primeiras fases, 105 escolas.
Os critérios de decisão serão: vulnerabilidade, votos válidos a favor do modelo, distância de até 2km de outra escola, possuir mais de um nível de ensino (fundamental, médio ou técnico).
Como será o funcionamento do modelo cívico-militar
As escolas que aderirem ao programa seguirão o currículo paulista e contarão com monitores militares.
Segundo defensores do modelo, a mudança busca promover um ambiente escolar mais organizado e seguro, com a colaboração de profissionais civis e militares, sem alterar o conteúdo pedagógico.
Críticas
As principais críticas às escolas cívico-militares giram em torno da militarização do ambiente escolar, considerada por muitos como inadequada ao espaço educacional, que deve priorizar o desenvolvimento crítico e democrático dos estudantes. Críticos argumentam que esse modelo enfatiza excessivamente a disciplina e a hierarquia, o que pode sufocar a liberdade de expressão, o diálogo e a autonomia dos alunos. Além disso, há preocupações sobre a ausência de evidências concretas de melhora significativa no desempenho escolar, bem como o possível desvio de recursos públicos para um modelo que não foi amplamente debatido com a comunidade educacional e que pode reforçar desigualdades ao invés de reduzi-las.
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