O preço do gás de cozinha registrou alta na última semana país, e Itapetininga, não ficou de fora. Com uma média de R$ 8,50 a mais no botijão, os preços variam entre R$ 118 e R$ 130, pressionando diretamente o orçamento das famílias, especialmente das famílias de baixa renda.
Segundo especialista, o impacto é extremamente negativo, pois essas famílias têm menor poder de compra e não podem reduzir o preparo de alimentos em casa.
O aumento no preço do gás de cozinha pode ser atribuído a uma série de fatores, explica o economista Márcio Aleixo. “O valor do gás natural e do petróleo no mercado internacional, o aumento do dólar, os preços praticados pela Petrobras e o aumento de impostos e taxas contribuem para esse cenário. Recentemente, tivemos um aumento do ICMS e reajustes pela Petrobras, que se refletem no preço final para o consumidor”.
Comer fora também fica mais caro
Além das famílias, outros setores da economia, como o setor de alimentação e restaurantes, também são impactados. “O setor de alimentação é um dos primeiros a sentir o aumento, já que o gás é essencial para a operação. Esse aumento é repassado para o preço dos produtos, resultando em refeições mais caras e uma possível redução na demanda,” aponta Aleixo.
Para lidar com o aumento, as famílias podem adotar algumas estratégias. “Ajustar o uso de fornos a gás e tentar ser mais eficiente no preparo dos alimentos pode ajudar a minimizar o impacto. Embora não seja possível recomendar que as pessoas comam menos, é importante procurar formas de utilizar o fogão apenas quando necessário,” sugere o economista.
As consequências a médio e longo prazo, de acordo com Aleixo, incluem um período de ajuste e adaptação pelas famílias. “Sem um aumento proporcional na renda, a perda de poder de compra é preocupante. A inflação que não acompanha o aumento da renda pode impactar negativamente a economia, afetando arrecadação, emprego e renda”.
O aumento do gás também afeta os índices de inflação e o custo de vida geral. Isso porque, mesmo com a inflação dentro da meta, a falta de crescimento na renda demonstra a perda de poder de compra ao longo do tempo. “Em Itapetininga, podemos observar uma possível diminuição na atividade de bares e restaurantes, o que pode impactar o emprego e a renda local,” conclui Aleixo.
Assistência social
Para mitigar o impacto do aumento, o governo federal repassou este ano R$ 456,96 mil em Auxílio Gás para a cidade, beneficiando 1,09 mil famílias em agosto, das quais 84,31% são chefiadas por mulheres.
O programa Auxílio Gás é destinado a famílias de baixa renda e prioriza aquelas chefiadas por mulheres vítimas de violência doméstica com medidas protetivas de urgência.
Além disso, um novo projeto de lei, ainda em tramitação, pretende criar o programa “Gás para Todos”, que distribuirá botijões gratuitos para beneficiários do Bolsa Família a partir de janeiro de 2025. A proposta, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso, visa substituir o atual Auxílio Gás e atender aproximadamente 20,8 milhões de famílias.
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O post Preço do botijão de gás sofre reajuste e aumenta R$ 8,50 apareceu primeiro em Correio de Itapetininga.