Itapetiningana ganha Prêmio Mundial da Alimentação recebendo US$ 500 mil

A engenheira agrônoma, pesquisadora e professora universitária itapetiningana, Mariângela Hungria, acaba de ganhar o Prêmio Mundial da Alimentação, considerado o Nobel da Agricultura. Criada em Itapetininga pela mãe e os avós, a pesquisadora levará US$ 500 mil (cerca de R$ 2.8 milhões de reais) e, uma escultura projetada pelo artista e designer Saul Bass. Ao todo, apenas quatro brasileiros conquistaram tal feito, sendo a itapetiningana a primeira mulher.

 

Aos 8 anos, ela ganhou de presente da avó o livro Caçadores de Micróbios e soube que gostaria de seguir a carreira no futuro. “Minha avó era professora de Ciências na escola pública e percebeu meu interesse pelo tema. Ela sempre fazia experimentos comigo no jardim, explicando fatos sobre o ar, a fotossíntese ou os organismos que não conseguimos ver a olho nu”, conta Hungria.

 

Agora, a pesquisadora está sendo reconhecida por sua trajetória de mais de 40 anos dedicados ao desenvolvimento de tecnologias em microbiologia do solo, o que permite aos produtores rurais altos rendimentos com menores custos e mitigação de impactos ambientais.

 

O foco central das pesquisas de Mariangela tem sido desenvolver formas de aumentar a produtividade e a qualidade dos alimentos utilizando alternativas aos fertilizantes químicos, seja reduzindo ou substituindo completamente seu uso.

 

Com um extenso currículo, ela é autora de mais de 500 publicações, entre artigos científicos, capítulos de livros e trabalhos acadêmicos, além de ter elaborado o primeiro manual em português com métodos de microbiologia do solo voltados especificamente para regiões tropicais.

 

Por sua contribuição pioneira, é reconhecida como a “mãe da microbiologia” no Brasil.

 

Hungria, que recentemente foi homenageada em um evento de sua família, em Itapetininga, revela estar feliz com o prêmio, após anos de dedicação. “É bom mostrar a imagem positiva da sustentabilidade no Brasil, mostrar que não somos apenas devastação”.

 

Sobre o prêmio

O Prêmio Mundial de Alimentação (World Food Prize) foi criado por Norman E. Borlaug, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1970 por suas contribuições à agricultura global. A premiação reconhece pessoas que se destacam por melhorar a produção, a qualidade ou o acesso a alimentos no planeta.

 

Estabelecido em 1986 com apoio da General Foods Corporation, o prêmio é concedido anualmente e inclui um valor de US$ 500 mil, além de uma escultura desenhada pelo artista Saul Bass.

 

Três brasileiros já tinham sido homenageados com o World Food Prize. Em 2006, os agrônomos Edson Lobato e Alysson Paulinelli receberam o prêmio ao lado do norte-americano A. Colin McClung por suas pesquisas voltadas ao desenvolvimento do cerrado brasileiro. Em 2011, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil) e John Kufuor (Gana) foram premiados por suas políticas públicas de combate à fome.

 

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