Durante o Maio Roxo, mês dedicado à conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), especialista alerta para a importância do diagnóstico precoce e do manejo adequado dessas condições que afetam o sistema digestivo. Em entrevista ao Correio, a nutricionista Ana Paula Rios explicou os principais sintomas, fatores de risco e o papel fundamental da alimentação no controle dessas doenças.
Principais doenças e sintomas
As DIIs englobam diversas condições, como a Retocolite Ulcerativa, a Doença de Crohn, a Síndrome do Intestino Irritável, a Doença Celíaca, a Diverticulite e doenças hemorroidárias e infecções intestinais. Embora cada uma tenha suas particularidades, elas compartilham sintomas que podem ser um sinal de alerta. “Dor, inchaço, mudanças na rotina de evacuação, excesso de gases, mudança de humor, fadiga, falta de energia e disposição, queda de cabelos e até problemas de pele são indicativos de que algo não vai bem no intestino”, explica a Rios.
Influência do estilo de vida
A especialista ressalta que, embora exista um componente genético envolvido, os hábitos de vida têm um peso significativo no desenvolvimento dessas doenças. “Hoje sabemos que a epigenética – genética alterada pelo estilo de vida – como consumo em excesso de alimentos industrializados, álcool, estresse e privação de sono, são considerados gatilhos para que essas patologias possam aparecer”, afirma.
Tratamento
O tratamento das DIIs pode envolver medicamentos em momentos críticos, mas a manutenção da saúde intestinal depende, sobretudo, de condutas individualizadas, com acompanhamento nutricional especializado. “É fundamental trabalhar o eixo intestino-cérebro, estratégia indispensável para que essas doenças entrem em remissão e não apenas, sejam pensados nos sintomas”, ressalta.
Alimentação e qualidade de vida
Sobre o papel da alimentação, a nutricionista reforça que evitar industrializados, excesso de farinha branca e álcool é parte essencial do cuidado de intervenção, associado a uma dieta personalizada, de acordo com a condição de cada paciente.
Um ponto importante levantado por Ana Paula é a necessidade de resgatar hábitos alimentares mais naturais. “Infelizmente, vivemos em um mundo moderno, onde a comida de verdade se perdeu; a ida a feiras livres, sacolões e afins, parece ter diminuído consideravelmente, e não é à toa que essa inversão na saúde, também acontece e com ela, a progressão das DIIs”
Conscientização
A mensagem final é clara: investir em uma alimentação equilibrada, reduzir o estresse, olhar com mais cuidado para a saúde do intestino e priorizar um estilo de vida saudável. “Ao menor sinal de um intestino ‘diferente’, busque auxílio”, aconselha a nutricionista.
Para mais dicas, acompanhe a nutricionista Ana Paula Rios pelo Instagram @anapaulatrios
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