Segundo a Polícia Civil, o homem atuava principalmente na região da Vila Célia, adotando cães e gatos por meio de redes sociais ou capturando-os nas imediações. Posteriormente, os animais eram vítimas de extrema violência, incluindo espancamentos, envenenamentos e amordaçamentos, resultando em mortes cruéis. Os corpos de alguns animais foram encontrados em locais próximos à sua residência, como uma casa vizinha, um estábulo abandonado e um lago de um condomínio no bairro.
Entre os casos mais impactantes está o resgate de uma cadela com as patas quebradas, que faleceu dias depois devido aos maus-tratos. Outro caso, ocorrido em abril de 2024, envolveu um filhote encontrado amordaçado e com as patas amarradas, em uma área também próxima à residência do investigado.
O modus operandi do suspeito demonstrou um padrão sistemático de violência, causando indignação na comunidade local. Durante a busca domiciliar, foram apreendidos materiais que podem comprovar os crimes, como dispositivos eletrônicos, substâncias tóxicas e outros itens usados nos atos de crueldade.
A delegada responsável pelo caso, Júlia Nunes Machado, ressaltou a gravidade dos atos cometidos, destacando a relação entre a violência contra animais e o risco crescente de crimes violentos contra pessoas: “A violência praticada contra os animais foi marcada por requintes de crueldade e representa um risco potencial à segurança pública. Muitos estudos mostram a correlação entre crimes contra animais e atos violentos contra pessoas.”
A Polícia Civil reforça a importância da denúncia de crimes contra animais, que pode ser feita anonimamente, e segue firme em seu compromisso de coibir práticas criminosas que afetam tanto a segurança pública quanto o bem-estar da sociedade.