A chegada de um novo ano também indica a chegada da preocupação dos pais com os gastos da volta às aulas de seus filhos. Em 2025, a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE) estima um aumento entre 5% e 9% nos custos de materiais escolares.
De acordo com Andreia Nunes, proprietária da papelaria Principal, em Itapetininga, esse reajuste é explicado por uma combinação de fatores como a alta do dólar e a taxa de importação.
Isso porque muitos dos itens que compõem a lista escolar são importados, como mochilas, estojos, entre outros. A importação tem interferência direta da taxa do dólar mais alta – que também interfere quando é importada somente a matéria prima para produção – e do frete marítimo internacional. O impacto de custo fica aplicado nos preços para o consumidor.
Para se proteger contra o aumento dos custos, a empresária revela que antecipou as compras para o estoque de volta às aulas. Segundo ela, a sensação de aumento será mais evidente quando for necessário repor os produtos.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre os itens de maior alta de valor se encontram os cadernos (6,31%), os livros (9,65%) e os livros didáticos (7,64%). Isso ocorre devido ao aumento dos custos das matérias primas, como papel, tinta, entre outros, em relação à inflação de 2024 que encerrou o ano com variação acumulada de 4,87%.
Em 2024, as famílias brasileiras gastaram por volta de R$ 49,3 bilhões em material escolar. Isso representa um aumento de mais de 44% em relação a 2021, no qual os gastos foram de R$34 bilhões. Essas compras causam um impacto no orçamento de 85% das famílias com crianças em idade escolar, de acordo com pesquisas do Instituto Locomotiva.
Carol Mandarini, mãe de dois filhos, relata que gasta em média R$ 500 no ano por criança com material escolar, sem contar com uniforme da escola. “Aqui em casa, como este é um gasto já esperado, nos organizamos ao longo do ano para separar o valor que gastaremos com o material escolar e uniforme”.
Para muitas crianças, a compra dos novos materiais é um momento de entusiasmo, ao escolherem os artigos mais desejados e em alta. Para economizar, Carol explica que se organiza com os filhos para que eles escolham somente alguns materiais. “Fazemos uma pesquisa de preços com eles para que eles aprendam desde cedo a importância de pesquisar buscando a melhor condição para compra. Nos demais itens buscamos sempre o menor valor”.
Além disso, Carol faz comparações de preços tanto nas lojas físicas quanto online, já que os preços podem variar. Ela conta que seus filhos também a ajudam na hora de buscar nos sites de compras os melhores produtos com os menores preços, no caso das lojas físicas, ela os acompanha na pesquisa.
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