Desde o último dia 17, o Brasil enfrenta a terceira onda de calor do ano, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Este cenário traz preocupações relacionadas à saúde, especialmente em grupos como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. A nutricionista Ana Paula Rios alerta para os cuidados necessários em relação à alimentação e hidratação, fundamentais para minimizar os riscos à saúde durante esse período extremo de calor.
“Falar em idosos e crianças é falar em alta chance de desidratação. Então a atenção deve ser redobrada nesse grupo”, alerta a especialista. Para ajudar na imunidade, ela chama atenção para o consumo de “comida de verdade”, ou seja, “frequentar mais a feira ao invés de prateleiras de mercados é primordial e, infelizmente, pouco visto hoje em dia”.
Durante a exposição ao calor, o corpo utiliza mecanismos como sudorese e vasodilatação para equilibrar a temperatura corporal, entre 35,5°C e 37°C. Rios explica que, ao suar, não se perde apenas água, mas também eletrólitos essenciais para o funcionamento cardíaco e renal. “Por isso, muitas pessoas sofrem com baixa pressão e inchaço, principalmente nas pernas”, acrescenta
Para minimizar os riscos do calor intenso, Rios recomenda o consumo de alimentos ricos em água, como frutas, legumes e verduras – melancia, tomate, pepino e abobrinha, por exemplo. Ela explica que além de promoverem hidratação, esses alimentos facilitam o processo digestivo.
Quando o corpo perde líquidos devido à sudorese, também há perda de nutrientes e sais minerais que devem ser repostos. “A água de coco natural é uma excelente opção, assim como a água e sucos de frutas cítricas, como limão, abacaxi e laranja. E frutas como melancia, melão e abacaxi são bem-vindas”, orienta a nutricionista, que reforça: “A água é o padrão ouro da hidratação e deve ser consumida constantemente.”
Ela também destaca a importância dos chás e das fibras provenientes de vegetais, que não só promovem saciedade, como também nutrem o corpo.
Para quem tem um estilo de vida atlético, a hidratação deve ser ainda mais cuidadosa, especialmente para quem treina de forma intensa. “Isotônicos ou repositores hidroeletrolíticos são indicados para treinos pesados e de resistência. Mas é importante ter cautela, pois essas bebidas contêm corantes e aromatizantes artificiais, que não são ideais para a saúde intestinal”, alerta a nutricionista.
Uma alimentação inadequada durante períodos de calor pode intensificar o desconforto e agravar complicações. Alimentos difíceis de digerir, ricos em sódio e pobres em água, podem levar à indisposição, dores de cabeça, inchaço e inflamação sistêmica. “Quando falamos em alimentos industrializados, ultra processados e gordurosos, falamos em uma digestão ruim, onde o estômago e o intestino têm um trabalho muito maior para metabolizar do que alimentos frescos. Com isso, a sensação de letargia, ou seja, moleza e sono aumentam. São pessoas que sentem vontade constante de dormir ao comer” explica Ana Paula.
No calor, a falta de apetite é comum, pois o corpo reduz a necessidade de termorregulação, resultando em um menor gasto calórico, explica a nutricionista. No entanto, é fundamental continuar consumindo alimentos para garantir o bom funcionamento do organismo. Mesmo sem apetite, Paula recomenda refeições leves, com vegetais e proteínas brancas, como uma boa estratégia para manter o equilíbrio alimentar.
Rios indica refeições com baixa densidade calórica, ou seja, “alimentos leves como saladas, proteína grelhada, sanduíches com proteína e vegetais, são excelentes para manter o corpo em funcionamento sem que prejudique a digestão. Sopas frias também podem ser uma solução interessante”.
Para mais dicas, acompanhe a nutricionista Ana Paula pelo Instagram @anapaulatrios
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