Nas últimas semanas, as ondas de calor intensificaram as temperaturas na região, trazendo incômodos não apenas para os humanos, mas também para os animais de estimação. O calor excessivo pode causar desidratação, insolação e outros problemas graves para os pets, exigindo atenção especial dos tutores.
O Correio conversou com a veterinária Juliana Sonoda que compartilhou algumas orientações essenciais para garantir o bem-estar dos animais durante os dias quentes.
Segundo a especialista, a hidratação é um dos pontos mais importantes. “Precisamos garantir que os pets tenham sempre acesso à água fresca e limpa. O ideal é trocar a água pelo menos duas a três vezes ao dia e observar o tipo de vasilha utilizada, pois algumas ajudam a manter a temperatura mais agradável. Algumas pessoas até colocam uma pedrinha de gelo na água para incentivar o consumo, mas é importante que a temperatura não fique excessivamente gelada”, explica.
Além da hidratação, manter o ambiente arejado é fundamental. “Se o pet fica dentro de casa, é importante deixar janelas abertas para garantir a circulação de ar. Em alguns casos, o uso de ventiladores e até ar-condicionado pode ajudar, mas é necessário ter cuidado para evitar ressecamento nos olhos e na garganta do animal”, alerta Juliana. Para quem mantém os pets em áreas externas, a recomendação é garantir locais com sombra e protegidos do sol intenso.
Os passeios também precisam ser ajustados. “Evite sair com os cães nos horários mais quentes do dia. O ideal é passear antes das 10h da manhã ou após as 16h. Além disso, é importante escolher trajetos com sombra e evitar superfícies quentes, como o asfalto, que pode causar queimaduras nas patas dos animais. Um teste simples é colocar a palma da mão no chão por alguns segundos, se estiver muito quente para você, também estará para o pet”, orienta.
Para identificar se o animal está sofrendo com o calor, Sonoda destaca alguns sinais de alerta. “Os pets transpiram principalmente pelo focinho, pela língua e pelas patas. Se o animal está muito ofegante, com a língua para fora de forma exagerada e respiração acelerada, pode ser um indicativo de que ele está sofrendo com a temperatura alta. Outros sintomas incluem orelhas muito quentes, fraqueza, excesso de salivação ou até muito sono”.
Para minimizar o desconforto térmico, a veterinária sugere algumas estratégias. “Toalhas úmidas podem ser colocadas nas patas e na barriga para ajudar a refrescar o pet. Além disso, banhos mais frequentes podem ser benéficos, desde que com produtos adequados e sem exagero para não ressecar a pele. A remoção de pelos mortos também auxilia na ventilação natural da pele do animal”.
Algumas raças são mais sensíveis ao calor devido às suas características físicas. “Cães braquicefálicos, que possuem focinhos achatados, como shih tzus, pugs, bulldogs franceses e ingleses, boston terriers e pekingeses, têm maior dificuldade para dissipar calor e, por isso, requerem atenção redobrada”, ressalta.
Em casos de superaquecimento, a recomendação é buscar assistência veterinária imediatamente. “Se notar que o pet está muito ofegante, fraco ou com sinais de insolação, é fundamental procurar ajuda profissional. O calor pode ser extremamente perigoso para os animais e a prevenção é sempre a melhor estratégia”, finaliza a veterinária.
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O post Altas temperaturas exigem cuidados redobrados com os pets apareceu primeiro em Correio de Itapetininga.