CETESB autua indústrias por emissão de substâncias

Desde o início de março deste ano, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) de Itapetininga recebeu diversas reclamações de moradores sobre incômodos causados por emissões de substâncias odoríferas. Em resposta, o órgão intensificou as inspeções e autuou empresas que foram flagradas cometendo infrações ambientais. Foram aplicadas duas multas no valor de R$ 62 mil. Uma empresa operava sem as licenças ambientais adequadas.
Em nota, a Cetesb informou que em vistorias realizadas na indústria Socer RB Industria e Comércio Ltda, nos dias 11 e 26 de junho e 7 de março foram verificadas emissões de substâncias que exalam odor na atmosfera, em quantidades perceptíveis além dos limites da propriedade da empresa.

Como resultado, foram aplicadas duas advertências e duas multas. Uma das multas, no valor de R$ 27,6 mil, foi devido à emissão das substâncias, e outra, de R$ 35,4 mil, por operar sem as licenças ambientais necessárias. A Cetesb está avaliando as ações legais cabíveis após o terceiro episódio.
Outra indústria Itacol Indústria e Comércio Imp. e Exp. de Resinas Naturais Ltda., localizada contígua à Socer, também foi autuada. Nos dias 18 e 19 de maio, a agência ambiental constatou a emissão de substâncias que emanam forte cheiro, resultando em uma advertência. Inspeções subsequentes nos dias 29 de maio e 7 de junho, motivadas por novas reclamações, não encontraram irregularidades.

Durante as inspeções, várias ruas dos bairros Athenas do Sul e Shangrilá foram percorridas, e, em ocasiões posteriores, ruas da Vila Palmeira e Vila Sônia. Nessas visitas, não foram detectados odores fortes na atmosfera, embora em outras ocasiões o mau cheiro tenha sido descrito como semelhante ao de desinfetante de pinho com glicerina.

Para explicar a situação o morador do Jardim Shangrilá Anderson Prates, relatou que acredita que três indústrias próximas ao bairro estão emitindo gases tóxicos desde março de 2024. “O cheiro começa como madeira queimada e, horas depois, vem o cheiro de resina,” afirmou.
Prates destacou que os moradores do bairro têm enfrentado problemas de saúde como asma alérgica, pneumonia alérgica, tosse, falta de ar, dor de cabeça, queimação na língua, narinas e ardência nos olhos.

O morador também relatou que as emissões afetam a qualidade do sono e a respiração de quem vive na região, além de causar agitação nos pets. Ele mencionou que os residentes dos bairros entraram em contato com o Ministério Público, Prefeitura, Cetesb e Polícia Ambiental, além de realizar um abaixo-assinado. Prates acredita que outras empresas na região também podem estar contribuindo para a poluição, mas controlam melhor seus níveis de emissão. “O cheiro sempre começa por volta das 16h30,” observou.

A Prefeitura de Itapetininga informou que, ao ser notificada sobre as reclamações, acionou imediatamente a Cetesb para que fossem tomadas as providências necessárias.
A Cetesb ainda em nota informou que continua monitorando a situação e está disponível para receber novas reclamações da população através dos telefones (15) 3272-2888 e 3272-2889, e-mail [email protected].

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