Calor e chuvas intensas prejudicam agronegócio itapetiningano

Nos últimos dias, a cidade de Itapetininga tem enfrentado um intenso contraste climático. Após um período de chuvas volumosas, que causaram alagamentos em algumas áreas da cidade, a região agora sofre com uma forte onda de calor. Esse fenômeno preocupa tanto a população quanto o agronegócio, setor essencial para a economia local.

O agrometeorologista Daniel Nassif esclarece que as chuvas intensas registradas nos últimos meses estão associadas a padrões naturais da estação, mas que vêm sendo potencializadas por fatores climáticos globais. “Desde dezembro, estamos no verão, período em que é comum ocorrerem chuvas fortes no final do dia. Desde janeiro, um corredor de umidade vindo da região amazônica tem chegado à nossa região, encontrando um clima favorável para chuvas mais fortes e frequentes”, explica.

Ele ressalta que essas chuvas intensas, quando ocorrem de forma repetitiva, podem causar alagamentos, principalmente em áreas com deficiência de drenagem.

Entretanto, após o período de chuvas, a cidade agora enfrenta uma onda de calor intensa. Nassif destaca que essa alternância entre chuvas fortes e calor intenso não é incomum durante o verão. “As ondas de calor podem ocorrer em qualquer época do ano, mas quando acontecem no verão, costumam ser mais intensas, pois as noites não esfriam tanto. Esses eventos extremos ocorrem normalmente uma ou duas vezes a cada verão e são comuns entre agosto e outubro”, afirma. Segundo ele, fenômenos como secas prolongadas, chuvas excessivas e calor extremo são naturais da atmosfera, mas sua frequência tende a aumentar devido às mudanças climáticas.

Essas condições extremas impactam diretamente a população e o setor agrícola. Para as pessoas, o calor excessivo pode gerar desconforto e agravar problemas de saúde, especialmente em indivíduos com doenças crônicas.

Já as chuvas intensas representam riscos para quem mora em áreas suscetíveis a deslizamentos e alagamentos. “É fundamental que a população esteja sempre atenta aos alertas da Defesa Civil em períodos de tempestades”, alerta.

No campo, as consequências são ainda mais preocupantes. O agronegócio sofre com qualquer evento extremo, seja o calor excessivo, que pode afetar a produção de hortaliças e ovos, ou as chuvas fortes, que prejudicam a colheita e a qualidade das frutas e vegetais. “Sempre que ocorrem eventos extremos, a produção sente o impacto, o que pode se refletir em aumento de preços para o consumidor, como já estamos vendo com o café e agora com o ovo”, explica o especialista.

Para minimizar esses impactos, estratégias de adaptação são fundamentais. No meio urbano, Nassif sugere melhorias no planejamento de drenagem e aumento das áreas permeáveis para reduzir os efeitos das chuvas intensas.

Já para enfrentar o calor, recomenda-se hidratação constante e evitar atividades físicas nos horários mais quentes do dia. No agronegócio, o monitoramento da previsão do tempo se torna essencial para mitigar os impactos climáticos e garantir melhores condições de produção.

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