Família Hungria faz tradicional encontro e reforça laços entre descendentes

Acontece, periodicamente a cada quatro anos, todo dia 15 do mês de março, a reunião da Família Hungria Hofbauer, que nesse último encontro contou com cerca de 120 descendentes da linhagem histórica que chegou ao Brasil em 1820. O evento tem um significado especial: a data marca o falecimento de São Clemente Maria Hofbauer, um dos ancestrais da família e fundador da ordem Redentorista, uma congregação religiosa católica que tem como missão pregar o Evangelho aos pobres. 

O engenheiro florestal Décio Hungria Lobo, um dos familiares do evento, conta que os antepassados da família vieram de uma região que pertenceu ao antigo Império Austro-Húngaro, localizada no sul da Alemanha, na Baviera. “Nosso nome original era Hofbauer, mas as gerações nascidas no Brasil passaram a adotar o nome Hungria”, explica.

As reuniões da família já aconteciam no passado, mas foram interrompidas em 1947. Apenas em 1996 a tradição foi retomada, graças ao empenho do casal Roberto e Angelina Hungria, que foram homenageados nesta edição com uma placa de reconhecimento. “Eles foram os precursores dessa nova fase dos encontros e tornaram possível que esse evento se consolidasse”, afirma Décio. Desde então, os encontros acontecem a cada quatro anos, com exceção do período da pandemia, onde os encontros tiveram uma pausa.

Uma das tradições do evento é a montagem de um pequeno altar em homenagem a São Clemente, com sua imagem e relíquia. Além disso, algumas figuras importantes da família são reconhecidas por suas contribuições. Neste ano, a cientista Mariangela Hungria, considerada uma das 100 maiores do mundo no setor agropecuário, recebeu uma homenagem especial. Também houve o lançamento de um livro do escritor e ativista ambiental João Hungria Meireles, reforçando o engajamento da família em diversas áreas.

Ao longo dos anos, a organização dos encontros evoluiu. Se no início, em 1996, a comunicação era feita por telefonemas e pelo recém popularizado (na época) e-mail, atualmente um grupo de WhatsApp mantém os familiares conectados, permitindo que a tradição continue viva. “A maioria dos descendentes ainda mora em Itapetininga, mas há pessoas que vêm de diversas partes do Brasil para manter esse vínculo e celebrar a história da família”, destaca Décio.

O próximo encontro está previsto para 2029, mantendo a tradição de reunir gerações e fortalecer os laços entre os descendentes da família Hungria Hofbauer.

 

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