No último sábado, dia 29, a psicóloga, escritora, jornalista e moradora de Itapetininga, Rachel Moreno, recebeu uma homenagem na Câmara Municipal de São Paulo pelo seu trabalho no Movimento Feminista e na defesa dos direitos das mulheres. O evento, intitulado “Femenagem à Rachel Moreno”, reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais e lideranças políticas, incluindo membros do PT e PSOL.
Rachel Moreno é formada em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), especializada em sexualidade humana e dinâmica do movimento expressivo pelo Instituto Sedes Sapientiae e pós-graduada em sociedade e meio ambiente pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP). Durante sua trajetória, atuou ao lado de trabalhadores metalúrgicos no ABC paulista e colaborou com a imprensa feminista, como no jornal “Nós Mulheres”, em 1976.
Seu trabalho inclui pesquisa de opinião e discussões em grupo, áreas nas quais atua como mediadora. Também fundou o Instituto Opinião, voltado para pesquisas sociais. No campo político, foi candidata a suplente de deputada federal pelo PT.
Trajetória
A atuação de Rachel no Movimento Feminista começou na década de 1970, quando participou de mobilizações por creches na USP. Em 1980, esteve presente em três edições do Congresso da Mulher Paulista. Ainda nos anos 1980, integrou um grupo de mulheres que fundou o SOS Mulher, primeiro serviço de apoio a vítimas de violência de gênero no Brasil. Posteriormente, surgiram as Delegacias da Mulher, inicialmente em São Paulo e depois em outras regiões.
Entre os casos que marcaram sua trajetória, está o assassinato da cantora Eliana de Gramount, morta em 1981 pelo ex-marido, o cantor Lindomar Castilho. Rachel participou de uma passeata em São Paulo em protesto contra o crime, que se tornou um marco na luta contra a violência de gênero.
Nos anos seguintes, participou do grupo Verde-Lilás, que discutia temas ambientais e feministas. No Centro de Informação Mulher (CIM), ajudou a organizar eventos sobre o papel das mulheres na sociedade, incluindo pesquisas sobre o trabalho de prostitutas no Porto de Santos. Também criou o Observatório da Mulher, que desenvolveu projetos como a Casa Abrigo para mulheres em situação de violência.
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