Na sessão da última segunda-feira, dia 31, a Câmara Municipal aprovou o projeto de lei que institui o programa “Farmácia Solidária”, de autoria da vereadora Christiane Siqueira (Republicanos). A iniciativa pretende arrecadar, selecionar e redistribuir gratuitamente medicamentos dentro do prazo de validade para a população. O texto, no entanto, não menciona um prazo específico para que o programa entre em funcionamento. A proposta determina que a Secretaria de Saúde será responsável pelo processo, mas sem estabelecer um cronograma, metas ou indicadores de desempenho.
Além disso, embora o projeto mencione campanhas de conscientização sobre o uso responsável de medicamentos, não há um plano detalhado de como essas ações serão conduzidas ou qual será o investimento necessário para viabilizá-las.
Marina Nalesso critica falta de transparência da Prefeitura
Marina Nalesso (PL) apresentou um requerimento solicitando acesso aos cronogramas de execução de serviços das Secretarias de Meio Ambiente e de Serviços Públicos. A parlamentar criticou a falta de transparência do Executivo em relação às respostas enviadas aos vereadores. “Todos nós enviamos requerimentos às secretarias e a resposta é sempre a mesma: ‘está no cronograma’. Porém, estive pessoalmente em ambas as secretarias e, infelizmente, não me mostraram esse planejamento. Nós temos o direito de ter acesso a essas informações para que possamos informar nossos eleitores sobre quando as máquinas vão fazer a terraplenagem ou quando ocorrerá o corte de árvores. Há pedidos de corte de árvores que estão engavetados há dois anos, sem qualquer previsão de execução”, afirmou Nalesso. A vereadora classificou a situação como “uma falta de responsabilidade, comprometimento e respeito” com o Legislativo.
Catarina Nanini pede ponto de embarque e desembarque na ExpoAgro
Com a aproximação da ExpoAgro e o grande fluxo de pessoas esperado para o evento, a vereadora Catarina Nanini (Republicanos) enviou um requerimento à Prefeitura solicitando a demarcação de um local exclusivo para embarque e desembarque de veículos de aplicativos, moto-táxis, táxis e ônibus nas proximidades do Recinto de Exposições. Durante a sessão, a vereadora enfatizou a necessidade de planejamento para evitar congestionamentos e riscos para motoristas e pedestres. “Essa festa tem um público muito grande, e a área próxima à entrada do recinto, principalmente na rotatória da Rua Pedro Voss, fica bem complicada”, destacou.
Guilherme Morelli solicita limpeza e roçagem no Portal da Figueira
Guilherme Morelli (PP) apresentou um requerimento solicitando informações sobre a realização de serviços de roçada, limpeza, notificação de proprietários de terrenos baldios, melhorias na sinalização de trânsito e ampliação da iluminação pública no bairro Portal da Figueira. Segundo o parlamentar, o bairro enfrenta desafios há décadas pela falta de serviços essenciais. “O Portal da Figueira tem mais de 80, 90 casas, e os moradores pagam seus impostos. Na gestão passada, conseguimos levar água com muito esforço junto à Sabesp, e agora o recurso para o esgoto já está na Prefeitura e passa por ajustes na Caixa Econômica. Mas enquanto isso, os moradores lá estão esquecidos”, afirmou.
Isenção de IPTU para pastores gera revolta I
A proposta do vereador Bispo André Bueno (Republicanos) de ampliar a imunidade tributária para imóveis ligados a igrejas – incluindo casas de pastores e escritórios administrativos – gerou indignação nas redes sociais. Milhares de internautas se manifestaram contra o projeto, criticando duramente a iniciativa e levantando questionamentos sobre privilégios fiscais para entidades religiosas. Entre os principais argumentos, muitos destacaram a injustiça de conceder isenção a líderes religiosos enquanto trabalhadores assalariados seguem enfrentando dificuldades para pagar impostos. “Criar um projeto que destine 30% do salário dele para os mais carentes, nada, né? Pior que isso é saber que as ‘ovelhas’ votam de olhos fechados nesse vereador. Eleitores votam mal, e a cidade toda paga caro!”, disse um internauta. Outro comentário destacou a disparidade social envolvida na proposta: “Cheio de assalariado ‘rebolando’ para sobreviver e pagar impostos, e esse senhor quer mais privilégios para igrejas? O que eles deveriam era pagar MAIS impostos e declarar cada centavo que recebem de doações, dízimos e afins. Vergonha!”.
Isenção de IPTU para pastores gera revolta II
A insatisfação também recai sobre o possível conflito de interesses na proposta: “Bispo propondo projeto pra benefício próprio… só espero que não seja aprovado! Quem votar a favor não merece voto nunca mais. Estão na Câmara para representar o povo ou para se aproveitar dele?”, disse um internauta. Além disso, há questionamentos sobre a legalidade e os impactos do projeto. Outro internauta pontuou: “Isso é legislar em causa própria. Agora imagina o impacto financeiro dessa isenção, considerando quantos pastores há na cidade? E se for concedido, teria que valer também para padres, obreiros, anciãos, pais de santo… imagine a confusão. Será que isso sequer é constitucional?”
Diante da repercussão negativa, surgiram rumores nos bastidores da política de que o próprio vereador pode desistir da proposta antes mesmo da votação na Câmara Municipal. Até o momento, o projeto ainda não foi incluído na pauta, mas para os itapetininganos, a proposta passou longe de ser bem recebida.
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