Na primeira etapa da consulta pública promovida pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), 70 escolas da rede estadual aprovaram a implantação do modelo cívico-militar. Entre elas, estão duas unidades de Itapetininga a E.E Prof. Elisiário Martins de Mello e PEI E.E Prof. Sebastião Pinto.
As votações ocorreram entre os dias 17 e 31 de março e envolveram pais, estudantes e profissionais das 302 escolas que haviam demonstrado interesse pelo novo formato ainda em 2024. O governo estadual pretende implantar o modelo em até 100 escolas a partir do segundo semestre deste ano.
Cinco escolas rejeitaram a proposta na primeira rodada. Outras sete se abstiveram, e diversas unidades não atingiram o quórum mínimo necessário para validar o processo. Essas escolas terão mais duas oportunidades de realizar a votação nas próximas semanas.
Como será o funcionamento do modelo cívico-militar
As escolas que aderirem ao programa seguirão o currículo paulista e contarão com monitores militares.
Segundo defensores do modelo, a mudança busca promover um ambiente escolar mais organizado e seguro, com a colaboração de profissionais civis e militares, sem alterar o conteúdo pedagógico.
O Correio tentou contato com as escolas de Itapetininga, mas até o momento não obteve retorno.
Críticas
As principais críticas às escolas cívico-militares giram em torno da militarização do ambiente escolar, considerada por muitos como inadequada ao espaço educacional, que deve priorizar o desenvolvimento crítico e democrático dos estudantes. Críticos argumentam que esse modelo enfatiza excessivamente a disciplina e a hierarquia, o que pode sufocar a liberdade de expressão, o diálogo e a autonomia dos alunos. Além disso, há preocupações sobre a ausência de evidências concretas de melhora significativa no desempenho escolar, bem como o possível desvio de recursos públicos para um modelo que não foi amplamente debatido com a comunidade educacional e que pode reforçar desigualdades ao invés de reduzi-las.
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