Trânsito registra 20 mortes neste ano, aponta pesquisa

O trânsito de Itapetininga registrou 20 mortes até maio de 2024. Apenas para efeito de comparação, no período a cidade anotou quatro homicídios dolosos, aponta a Secretaria Estadual de Segurança Pública. Isso confirma que o trânsito local mata mais que os crimes violentos. Entre 2019 e 2024, foram 166 vidas perdidas em acidentes na cidade. Os dados são do Sistema de Informações Gerenciais de Sinistros de Trânsito (Infosiga).

Neste ano, 85% das vítimas fatais de acidentes de trânsito em Itapetininga são homens. Ainda de acordo com o órgão oficial, os dados dos últimos seis anos mostram uma variação no número de óbitos anuais, com um pico de 29 mortes em 2020, seguido de uma queda para 20 vítimas fatais em 2021, e subsequentes aumentos em 2022 e 2023, com 25 e 27 óbitos, respectivamente.

Conforme o levantamento foi registrado aumento de vítimas fatais com acidentes envolvendo motociclistas, que agora representam 40% das fatalidades masculinas. Este é um crescimento significativo em relação aos anos anteriores, quando as mortes de motociclistas estavam na faixa de 28%. Os ocupantes de automóveis também compõem uma parte significativa das fatalidades, com 25% das mortes entre homens e 10% entre mulheres.

As vias municipais historicamente registraram a maioria das fatalidades (61,5% de 2019 a 2023). Atualmente, ainda representam uma parcela dos acidentes, mas agora compartilham a atenção com as rodovias, que neste ano registrou 46,2%, enquanto nas vias municipais 42,2%.

De acordo com o advogado especialista em trânsito Gabriel Ragazzi, a sensação de que o dia está “mais curto” faz com que muitas pessoas se distraiam, especialmente ao volante. “O que resulta em uma atenção insuficiente no trânsito e aumenta os riscos de acidentes, agora chamados de sinistros pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Além da falta de atenção, a ausência de empatia e respeito no trânsito agrava a situação, tornando a educação e a conscientização essenciais para a segurança viária”, acrescenta o especialista.

O advogado ainda explica a necessidade de investimento em campanhas educativas no trânsito para orientar os motoristas e pedestres.“Para realmente reduzir os acidentes, é crucial que os motoristas entendam os perigos de suas ações imprudentes. A educação no trânsito deve começar em casa”, concluiu.

 

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