Nove meses após a implementação da tarifa zero em Itapetininga, usuários do transporte público têm enfrentado dificuldades com a superlotação e os horários espaçados dos ônibus. A gratuidade, embora vista como um avanço, não tem sido suficiente para atender à crescente demanda, e a população cobra melhorias.
Angela Garcia, moradora do bairro Taboãozinho, expressa sua insatisfação. “Tem que ter mais ônibus pra dar conta desse tanto de gente. A circular vai lotada todo dia porque falta mais circular em mais horários, só passa a cada uma hora”, desabafa.
Rosival, da Vila Mazzei, também relata a dificuldade de utilizar o transporte público. “É difícil achar lugar pra sentar, o ônibus já chega no bairro lotado. Nesse calor, fica difícil aguentar. Mesmo sendo de graça, precisa melhorar muito”, afirma o morador.
A estudante Caroline Antunes destaca que a superlotação afeta diretamente quem depende do serviço para atividades essenciais, como trabalho e estudos. “Todo mundo agora pega ônibus, seja para trabalhar, ir à escola ou só dar uma volta no centro. Mas está insalubre para quem realmente precisa. Não é porque é de graça que tem que ser de qualquer jeito. Tem gente que vem sentado no chão porque não tem onde segurar, de tão cheio. A gente merece dignidade”, critica.
Apesar das reclamações, a prefeitura de Itapetininga não se pronunciou até o fechamento desta edição sobre a possibilidade de aumentar a frota de ônibus ou de revisar os horários das linhas para melhor atender a população.
O transporte público gratuio custa aos cofres públicos cerca de R$ 500 mil reais mensais. São 22 ônibus que operam o serviço na cidade. Também são 44 motoristas que operacionalizam o serviço com o salário de R$ 2.073,00 por 44 horas semanais de trabalho, mais os benefícios previstos pela CLT, conforme previsto no último processo seletivo.
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